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Diário
de viagem
Diário em ordem inversa, do último dia para o primeiro:
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27.1.2006
sexta
SP/BR |
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Abastecemos
em Três Lagoas mesmo e saímos bem cedo,
7h30 já estávamos na estrada. Passamos
pela Usina na disiva de MG e SP. Fomos embora e quando
era 12h já estávamos em Bauru. A estrada
Marechal Rondon está toda duplicada e com asfalto
novo, o tráfego de caminhões é
baixo e foi tudo bem até a Castelo Branco que
tem postos de gasolina super hiper mega equipados e
produzidos, paramos no Rodoserv Star próximo
a Bofete que tem um enorme estrutura para comida e serviços.
A Land tomou seu primeiro banho após 30 dias
de viagem, ficou brilhando. Chegamos em São Paulo
por volta das 18hs, tranquilamente, felizes e com muitas
histórias pra contar. Totalizamos 9860 km de
viagem, muito bem rodados e muito bem aproveitados.
Valeu muito a pena. Faria tudo de novo....hora de planejar
a próxima...
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26.1.2006
quinta
Três Lagoas/BR |
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Enfim
Brasil! Que alívio sair da Bolívia. Terras
brasileiras e estrada brasileira, tudo de bom... o ar
muda, as pessoas mudam, o cenário muda. Principalmente
a comida, a nossa é muito melhor.... o dia de
hoje foi sensacional, passamos pelo pantanal do Mato
Grosso do Sul com paisagens muito diferentes, muito
verde e muitas aves. Tivemos um ótimo almoço
numa parada na estrada. Cruzamos por três manadas
de bois, muitas cabeças, muito boi pra todo lado....
no meio da estrada, os boiadeiros abraiam caminho no
meio dos bois pros carros passarem. Foi bem diferente.
Passamos por Campo Grande, Água Clara e paramos
para dormir em Três Lagoas. Mesmo com chuva e
chegando a noite o dia hoje rendeu 800km, muito bem
rodados e aproveitados. Amanhã, São Paulo.
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25.1.2006
quarta
Corumbá/BR |
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Era
muito cedo quando passamos pelo trem de carga e pudemos
avisar nossa Land, ali amarradinha. Nosso trem passou
na frente e ra por volta das 10 da manhã quando
desembarcamos na estação de Suarez Arana
aonde pegaríamos o carro. Umas duas horas depois
a Land chega no trem de carga e então nos avisam
que deveríamos aguardar pela polícia anti-drogas
que iria revistar o carro. Até tudo bem se não
não fosse a demora...mais de 2 horas até
os caras chegarem. Fizeram a festa, eram uns 6 policiais
e dois cachorros. Tiraram toda a bagagem do carro e
olharam tudo. Tudo certo, fomos dispensados. Dai começa
outra novela... deveríamos aguardar pela máquina
que vai rebocar o vagão aonde a Land está
para o local do desembarque. E cade a máquina?
"Já tá vindo"...foi que escutamos
por 4 horas... e nada de máquina. Foi uma longa
espera e de baixo de um calor insuportável a
paciência foi se acabando.... telefonamos para
o chefe de cargas de St. Cruz que nos atendeu prontamente
e prometeu resolver o assunto. Não sei se funcionou,
mas logo a máquina chegou e pudemos desembarcar
a Land. O processo do embarque e desembarque é
absolutamente precário, com pranchas de madeira
colocadas sob as rodas para o carro sair de cima do
vagão encostado ao lado de um morrinho.... em
resumo: perdemos o dia e ganhamos uma enorme dor de
cabeça. Deu pra tirar um lição:
a empresa não tem infra-estrutura para servir
esse tipo de necessidade e logística é
uma palavra desconhecida. A brincadeira toda, desde
o embarque durou 30 horas e a paciência se esgotou
muito antes. O máximo que pudemos fazer nesse
fim de dia foi chegar até Corumbá, passando
absolutamente despecebidos pelas duas fronteiras (BO/BR),
comer muito bem no Restaurante do Lulú e dormir
profundamente.
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24.1.2006
terça
Trem da morte |
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Pegamos
o trem as 13h15 e de cara não era nada o que
esperávamos. A começar pela enorme fila
na hora do embarque. O trem também não
convenceu muito, mais parecia uma geringonça,
com poltrona velhas e muito barulhento. O que mais incomoda
realmente é a quantidade de vendedores a bordo,
são muitos, um atrás do outro e vendem
de tudo, desde frango com arroz, empanadas, peixe frito
e tudo quanto é tipo de bebidas. Pra piorar o
trem vai parando em TODAS as estação e
a velocidade não passa de 40km por hora. Resumindo,
a noite foi longa.
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23.1.2006
segunda
St.
Cruz/BO |
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Logo
cedo, 8:30 da manhã já estávamos
na estação de trem para pegar informações
sobre o trem. Conseguimos falar pessoalmente com o chefe
da sessão de cargas que ficou de nos confirmar
se haveria trem de carga para hoje. Enquanto isso voltamos
a estação para garantir a compra das passagens
para nós no trem de passageiros (super-pullman,
por 115 bolivianos por pessoa). Voltamos a falar com
o chefe das cargas que nos garantiu que o trem de cargas
sairia ainda hoje e que era possível levar nosso
carro. Mesmo assim o Marcelo ainda resolveu arriscar
e seguir pelo caminho de terra. Nos separamos aqui.
Isso nos criou um problema pois o preço do vagão
para um carro é o mesmo que para dois, portanto
arcamos com o preço total do vagão. O
funcionário das cargas nos disse que é
possível obter um desconto falando com o gerente
comercial. Fomos até ele que nos orientou a fazer
uma carta pedido e também nos solicitou uma autorização
de circulação para o carro ser transportado
pelo trem. Providenciamos os dois documentos e conseguimos
o desconto. O preço normal seria de U$460, agora
com desconto pagamos U$350. Estamos seguros com a garantia
da empresa e temos confirmado que o trem chega junto
com a gente na quarta-feira. Sendo assim seguimos para
o embarque do carro que subiu num vagão aberto
e os funcionários arraram todas as rodas com
grossos cabos de ferro. Feito um check list de tudo
que havia dentro do carro e depois de colocar todo o
bagageiro com o equipamento de camping que ficou ensopado
de água para secar, fechamos o carro e com aperto
no coração nos despedimos da Land....
mas tudo vai dar certo e nos vemos em breve... ela vai
na frente, amanhã vamos nós! Pegamos um
hotel em frente a estação de trem por
70 bolivianos.
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22.1.2006
domingo
St.
Cruz/BO |
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O
café da manhã do hotal foi muito bom,
com pães, frutas e sucos variados. Passeamos
pelo centro da cidade e almoçamos por perto.
Existem algumas lojinhas de artesanato e inclusive uma
feirinha de produtos regionais, mas em relação
as outras cidades que passamos aqui tudo está
um pouco mais caro. Tiramos o dia para descansar, até
por que o sol está fritando na rua. Hoje Evo
Morales tomou posso no Palácio do Governo em
la Paz, aonde estivemos dias antes. Todas as televisões
por aqui transmitiram o envento ao vivo que mobilizou
o país e foi uma cerimônia muito bonita,
o primeiro presidente de origem índia do país.
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21.1.2006
sabado
St. Cruz/BO |
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Saindo
de Cochabamba, bem cedo, pegamos uma estrada asfaltada
porém bem deteriorada por uns 200km até
Vila Tunari, no começo é uma subida com
muitas curvas e depois é a descida. A estrada
tem trechos intercalados de asfalto e pedras e há
alguns locais com muitas pedras que rolaram das encostas.
O trecho todo é de tráfego intenso de
caminhos. Pegamos muita chuva e o clima mudou completamente,
assim como a vegetação. Entramos em uma
área tropical e a mata cresce e esta preservada
com árvores grandes (coisa que não víamos
a algum tempo). A mata aqui é bem parecida com
o Brasil e o clima úmido e quente também.
Paramos em uma das inúmeras barraquinhas que
frutas pela estrada e, curiosos ao ver o adesivo no
carro, um grupo de bolivianos se aproximou para puxar
conversar e perguntar sobre a viagem, foram muito simpáticos
e nos surpreenderam ao nos presentarem com um buquê
de flores. Próximo a St. Cruz a estrada já
é ótima e o calor agora é intenso
e quase que insuportável. Fomos direto a estação
ferroviária procurar por informações.
Infelizmente só conseguimos os preços
para embaque de passageiros (115 bolivianos ou R$38,33).
O setor para embarque de carros estava fechado e só
saberemos os preços na segunda, o que nos obriga
a ficar 2 noites aqui na cidade. Procuramos infomações
sobre a estrada até Corumbá e soubemos
que existe uma ponte que desabou e apesar de já
ter sido reconstruida os motoristas de ônibus
que fazem o trajeto afirmam que é impossível
passar pois a chuva levou parate da estrada. A opção
é pegar um desvio que aumenta o trajeto de 642km
para 1047km. As condições dessas duas
estradas também são ruins, terra, buracos
e se chover a coisa piora. Ainda temos muitas dúvidas,
inclusive ainda tem uma questão de segurança
pois esta é uma rota de drogas, armas e roubo
de carros, o que não é nada agradável.
Por isso aguaradamos aqui até segunda para solucionar
essa questão sobre o trem. Após muita
procura encontramos um hotel bom, com ar-condicionado,
por 25 reias por pessoa.
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20.1.2006
sexta
Cochabamba/BO |
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Fuga
de La Paz, trânsito caótico e MUITAS pessoas
para todos os lados. Pegamos a estrada em direção
a Oururo, por onde já passamos antes, mas desta
vez entramos a esquerda para Cochabamba. O caminho foi
muito bonito com montanhas e vales bem diferentes do
que vimos até agora. Chegamos a Cochambamba no
horário do almoço e sabendo que daqui
em diante parece que tem alguns trechos da estrada que
estão interrompidos por deslizamento terra e
pedras (mas é possivel passar) decidimos ficar
na cidade por uma noite e pegar a estrada amanhã
bem cedo. Cochabamba é bem diferente de todas
as cidades que vimos aqui na Bolívia, principalmente
porque o trânsito aqui é MUITO ORGANIZADO,
incrivelmente se pode transitar e passear tranquilamente
pelas ruas, da até pra atravessar a rua sem medo
de ser atropelado e os carros parecem respeitar os semáforos.
Muito estranho isso. Agora só nos resta cantar:
"...de Canoa Quebrada até Cochabamba..."
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19.1.2006
quinta
La Paz/BO |
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Dia
livre em La Paz, passeamos pela cidade e descobrimos
que a estação de trem está desativada,
só trens em outra estação para
Oururo, Potosi e Uyuni.... eu e o Boss almoçamos
em um restaurante de comida árabe com uma comida
muito saborosa e temperada, foi ótimo. Passeando
pelo bairro encontramos ruas com comércio bem
definido, roupas, comidas, grão e até
eletrônicos. Fizemos umas compras e o resto do
dia foi para o descanso merecido.
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18.1.2006
quarta
La Paz/BO |
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Saimos
de Moquegua e pegamos a estrada, antes paramos em Torata
para tomar café da manhã (arroz, frango,
salada, batatas fritas e chá). O caminho todo
foi subindo e descendo montanhas com muitas curvas,
de novo o mesmo cenário desértico mas
desta vez montanhas com muitas cores, vermelhas e douradas.
Chegamos ao altiplano a 4800m de altitude e pegamos
neve de novo! Dessa vez foi muito mais legal pois choveu
pedrinhas de granizo muito forte e a Land ficou coberta
de neve novo. O asfalto ficou branco e só tinhamos
eu e o Boss lá! Tirando foto r e filmando tudo!
Seguimos em frente após algumas horas chegamos
a Mazo Cruz, uma vila muito pequena mas aonde fomos
muito bem recebidos por uns policiais que nos pararam
e logo vieram fazendo perguntas sobre o futebol. Quando
eu perguntei quem era o Corinthiano o oficial levantou
os dois braços como se eu estivesse lhe apontando
uma arma e gritando assalto... eu logo saquei uma camisa
do Timão e dei pra ele, o cara parecia que tinha
ganhado na loteria de tão feliz que ele ficou.
Rapidinho ele tirou o quepe, a farda e a blusa e foi
vestindo a camisa, foi muito divertido. Em troca eu
pedi uma foto e então até o capitão
veio juntar-se para a pose. Em segundos um grupo de
mulheres já chegou junto pra ganhar mais camisetas,
queriam para os filhos, mas as nossas se acabaram, eram
as duas últimas. Uma das mulheres foi logo em
direção a um dos oficiais e lhe ofereu
para comprar a camiseta. Valeu a pena pois saimos de
lá muito felizes. Poucos kilometros a diante
chegamos em Desaguadero e soubemos que a estrada adiante,
até La Paz, esta toda asfaltada (ao contrário
do mapa que diz ser de terra). Superada a burocracia
e a lama entre as aduanas do Peru e Bolivia seguimos
em frente até La Paz, caos total até que
conseguimos chegar ao centro e encontrar um bom hotel
com desaiuno e internet por 55 soles por pessoa. Bom,
vamos ver quanto vai custar realmente porque até
agora ainda ví a toalha... Comemos um pizza muito
boa num lugar ao lado do hotel.
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17.1.2006
terça
Moquegua/PE |
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Saimos
de Cabanaconde após um bom café da manhã
do hostal muito simples e honesto. Eram 7:30 da manhã
quando chegamos a Cruz del Condor após alguns
minutos a neblina começa a diminuir e logo podemos
avistar os primeiros condores que desfilam num vôo
suave pela nossa frente. Um, dois quatro, cinco... vários
condores! Eles pousam em uma pedra a menos de 200 metros
da gente...show! São grandes, rápidos
e ficam se exibindo para os turistas que disparam suas
câmeras. Valeu a pena acordar cedo, com muito
frio e esperar. Listo. Seguimos então por uma
estrada de terra que se estendeu por uns 150 km de muitos
buracos e principalmente curvas. A estrada não
tinha sinalização nenhuma e diversar vezes
ficamos em dúvida por qual direção
seguir. A paisagem agora é montanhosa mas desértica,
pedras, cactus e muito pó. Finalmente chegamos
a Panamericana e seguimos até Monquegua aonde
paramos para dormir esta noite.
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16.1.2006
segunda
Cabanaconde/PE |
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Pela
manhã fomos no posto de informações
turíscas da Plaza de Armas saber sobre o Canion
do Colca. Um funcionário nos atendeu e respondeu
as nossas dúvidas, sendo assim seguimos pelo
mesmo que chegamos a Arequipa e pegamos uma via secundária
em direção a Chivay. De acordo com as
informações do funcionário seriam
apenas 16km de estrada de terra porém, na realidade
foram 32km de MUITO buraco, pedras e lama... e o restante
de asfalto era um asfalto muito ruim, quase que pedras
e terra. O cenário é desértico,
com uma terra amarela, muitas pedras e neblina. Subimos
a 4860 metros de altitude, muito frio e um pouco de
neve pelo acostamento. A estrada é muito bonita
e na descida os vales verdes começam a aparecer.
Chegando a Chivay uma barreira turísca nos supreendeu,
um fiscal veio nos cobrar um boleto turístico
para entrar na cidade e visitar ao Canion, 26 soles
por pessoa. Outros carros, vans e ônibus turísticos
passavam livremente pela barreira. Um absurdo. Primeiro
por que não fomos informados no posto de informações
turísticas em Arequipa e a taxa também
não consta no guia internacional. Segundo que
percorremos 172km numa estradinha vagabunda e muito
mal conservada, quase metade de terra e ainda pagamos
7,50 soles de pedágio. Discutimos, chamamos a
polícia (que disse não tem nada a ver
com isso) e indignados com a cobrança inesperada
conseguimos um desconto e pagamaos por apenas 2 pessoas,
estavamos em 4. Seguimos até Chivay e no centro
de atendimento ao turista fomos muito bem recebidos
por um senhor que nos deu infomações mais
precisas e nos orientou com um roteiro pelo canion,
Entramos no canion por volta da 3 da tarde e apesar
de ter um pouco de neblina a vista e a paisagem é
impressioanate, o canion é muito fundo e no ponto
mais alto chega até 1200 km de profundidade.
Passamos por um túnel escavado num imenso paredão
de rocha na beira de um penhasco e também pudemos
avistar algumas tumbas incas. Seguimos até chegar
em Cabanaconde, um pueblo aonde encontramos um Hostal
por 10 soles/pessoa e restaurante com boa comida.
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15.1.2006
domingo
Arequipa/PE |
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Hoje
nosso grupo se separa, Marcão e Melissa ficam
em Cuzco para pegar um vôo para Lima e retornar
a São Paulo de volta para a realidade. Seguimos
para Juliaca aonde pegamos a estrada para Arequipa.
Os primeiros kilometros são terríveis,
um asfalto muito esburacado mas que depois fica bom.
A estrada segue morro a cima, a uma altidude de mais
de 4500 metros de altitude. Durante o caminho nos surpreendeu
o mal tempo que trousse chuva e logo começou
a nevar!!! Foi lindo, a paisagem e a estrada toda branca
e a neve chegou a acumular no para-brisa. A Land ficou
branca MESMO! Até Arequipa foram 233 km de MUITAS
curvas e um cenário completamente diferente de
tudo até agora, muitos vales com montanhas rochosas,
um pampa imenso, muita neblina e chuva. Chegamos a Arequipa
no começo da noite e logo encontramos um bom
hotel por 20 soles com estacionamento. Estamos bem próximos
a Plaza de Armas que é bem maior que a de Cuzco,
mas o bairro me parece muito escuro e perigoso, meio
barra pesada. Todas as portas por aqui tem grades e
cadeados, inclusive os telefones públicos.
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14.1.2006
sabado
Cuzco/PE |
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Pegamos
o trem de volta a Ollantaytambo as 5h45 da manhã
e por volta das 8h chegamos aos carros. Seguindo em
direção a Cuzco paramos para visitar as
ruinas de Moray. São construções
de vários degraus de pedras em formato circular,
um dentro do outro, pra baixo. Os incas plantavam as
sementes de vários grãos, batata e também
flores, que alíem vários níveis
abaixo da terra ficavam protegidos do vento e do frio.
O local tem 3 ruinas destas, 2 intacats e uma recosntruída
aonde ainda crescem plantas como laboratório.
O lacal é muito calmo e aproveitamos pra comer
e descansar. Antes de Cuzco ainda pudemos visitar mais
uma cidade, Chinchero, que não tem muito o que
ver.
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13.1.2006
sexta
Águas
Calientes/PE |
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Para
chegar a Machu Picchu pega-se um ônibus bem próximo
a estação de trem e em 20 minutos se chega
as ruínas subindo por uma estrada MUITO íngime
e com mais curvas que macarrão parafuso. Já
no caminho se pode ver as imensas montanhas de rocha
que cercam a cidade. Infelizmente pegamos um dia muito
nublado que não colaborou muito com o visual.
Contratamos um guia para nos mostrar as ruinas. Machu
Picchu é imensa, de cara impressiona pelo tamanho
e pela quantidade de pedras. O problema é que
além da quantidade de pedras, o que Machu Picchu
mais tem são turistas. MUITAS PESSOAS. Chegamos
cedo e pudemos ver os pontos mais importante tranquilamente
mas passado um pouco das 10 da manhã o local
já estava quase que lotado com grupos de muitas
pessoas e de várias nacionalidades. A natureza
que cerca a cidade é exuberante, os morros são
enormes e a cidade fica a beira de penhascos por todos
os lados. Um dia é suficiente para conhecer tudo
e pra quem tem fôlego pode se fazer uma trilha
morro acima num trajeto que pode ser de 2 ou 4 horas.
O que nos decepcionou bastante foi saber que 80% das
ruinas foi reconstruida (apesar de usarem as pedras
originais que se encotravam no local) e também
de ver muitas lhamas andando soltas no lugar. Acontece
que as lhamas foram colocadas alí de propósito
e demoranram alguns anos para se adaptarem a baixa altitude
de Machu Picchu. As lhamas estão alí pros
turistas verem, como atração, pois muitos
descem direto do avião, pegam o trem e esta é
a única oportunidade de verem o animal típico
do país, mas não do local. O curioso para
nós foi que nesse dia uma das lhamas estava prenha
e deu a luz a um filhote no meio das ruinas, foi um
show a parte e também um pouco dramático
quando o podre recém nascido caiu de um alto
degrau em cim de uma pedra, mas logo se recuperou. Ao
lado de fora das ruinas está um hotel de alto
luxo, com diárias de 800 soles por dia pra quem
não quer esforço nenhum. A única
lanchonete do local vende refrigerantes a 9 soles (R$
8 reias). Enfim, Machu Picchu é deslumbrante
pela natureza e pelo tamanho e você pode aproveitar
mais se consguir ignorar a exploração
turística que é o lugar. Na minha opinião
as ruinas de Pisac são mais ricas e mais completas.
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12.1.2006
quinta
Águas Calientes/PE |
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Fomos
fazer o passeio pelo Vale Sagrado, começando
por Pisac. Decidimos tomar o café o da manhã
na cidade e qual não foi a nossa surpresa quando
nos deram um prato com arroz, batata, ovos e tomate
junto com café e chá... sim! Café
da manhã!!! Em Pisac pudemos fazer compras na
feira de escambo e depois visitamos as ruinas que é
algo sensacional, principalmente com a orientação
de um guia. As ruinas de Pisac são bem distintas
das outras pois tem a formação mais completa
do que foi a cidade Inca. É impressionate. Depois
seguimos para Ollantaytambo aonde também visitamos
as ruinas, também interessante. Estacionamos
os carros em um hotel e as 20hs pegamos o trem para
Águas Calientes, a viagem foi tranquilha apesar
dos bancos desconfortáveis e dos trancos dos
vagões. Em Águas Calientes conseguimos
um Hotel bem na Praça por 15 soles, bem localizado
mas o banheiro não era muito bom e as toalhas
estavam úmidas... conseguimos um jantar por 10
soles para 4 pessoas (tortilhas de frango com arroz
e tomate).
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11.1.2006
quarta
Cuzco/PE
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Após
o desaiuno fomos a central de trem comprar as passagens
para Machu Picchu para amanhã (U$44 - Backpaker
saindo de Ollataytambo as 20 da noite). Um guia de turismo
nos ajudou muito e com sua orientação
pudemos traçar nosso caminho pelo Vale Sagrado.
Também já compramos os tickets de ônibus
(U$12) e o ingresso para as ruinas de Machu Picchu (U$20
= 79 soles). Almoçamos no Hosteling, chove lá
fora. Ja fizemos amizade com um italiano e uma familia
argentina.
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10.1.2006
terça
Cuzco/PE |
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De
manhã em Puno fomos entrevistados por 2 alunos
da universidade de comunicação que logo
perceberam a nosso presença e com curiosidade
se aproximaram para fazer um vídeo. Nos abastecemos
com aguá, frutas e lanches e pegamos a estrada
para Cuzco. Passamos por dentro de Juliaca que nos impressionou
muito devido ao caos total! Mais que todas as cidades
que vimos até agora, Juliaca superou pela quantidade
de mototaxis, vans e transito intenso com buzinas. Mais
de 50 mototaxis num mesmo quarteirão. Nas ruas,
no meio de barracas que vendem de tudo também
haviam mesas de sinuca e ao lado monte de peças
de ferro velho. Consertam-se carros ao ar livre. Uma
zona geral. Passado por isso entramos no meio de vales
verdes e floridos muito bonitos, passando por muitos
pueblos até chegar em Cuzco. Nos hospedamos num
Hosteling Internacional, muito barato (5 dolares por
pessoa) com internet. Também já fizemos
amigos e nos informamos sobre o passeio a Machu Picchu.
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9.1.2006
segunda
Puno/PE |
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Passamos
a manhã fazendo compras em Copacabana e depois
almoçamos num restaurante muito bom por um bom
preço. Seguimos em direção a fronteira,
saímos da Bolívia e entramos no Perú
sem maiores problemas, apenas uma graninha para o posto
da aduana do Perú. Pegamos a estrada até
Puno e apesar dos peruanos serem um pouco mais organizados
no transito, Puno também é um caos com
buzinas, carro, pedestres e moto-taxis tudo ao mesmo
tempo. Ficamos em um hotel meio sujinho, sem papel higiênico
e frio. Pagamos 5 dolares por pessoa. O banho foi bom
pelo menos.
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8.1.2006
domingo
Copacabana/BO |
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Logo
cedo saimos para conhecer Oururo, uma cidade que parece
meio uma mistura de Taboão da Serra com os morros
de favela do Rio de Janeiro. O trânsito é
algo inacreditável, não se respeita nada,
os motoristas boliviamos passam ditero pelo sinal vermelho,
preferência não existe, fila dupla e ultrapassagens
são normais. O mais irritante são as buzinas,
TODOS os carros buzinas a TODA hora e pra QUALQUER coisa.
Superado os obstáculos fomos vizitar a igreja
da cidade, que fica no alto de um morro/favela. A Igreja
é certacada por um feira que vende comidas e
"objetos de decoração". Seguimos
viagem em direção a La Paz, a estrada
é toda asfaltada mas o trânsito é
intenso e os motoristas são atrevisdos. São
uns 200 kms atë La Paz, passamos pela periferia
da cidade e seguimos em direção a Copacabana.
Muito curioso foi a grande quantidade de noivos e carros
enfeitados para casamento, por todo lado, desde Oruro.
Até Copacabana a estrada segue costeando o lago
Titicaca que tem vistas deslumbrantes no final da tarde...
atravessamos o lago em uma balsa que na verdade não
deixa de ser um barco grande pra um carro, balançava
muito e a Land foi dançando em cima dela. Mas
a travessia foi deslumbrande e esse é um local
de tirar o chapéu afinal estamos no maior lago
suspenso do mundo, a 3800m de altitude. Até Copacabana
foram mais uns 38km de curvas com vista que cada vez
mais nos supreendiam. Chegamos em Copacabana e nos hospedamos
num bom hotel por 50bs (R$15,00/pessoa com café
incluído). A cidade é bem agitada, com
bastante turistas e a praça central com a igreja
é rodeada de um comércio bem atraente.
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7.1.2006
sabado
Oururo/BO |
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Hoje
cedo lubrificamos as Lands antes de sair para Oururo.
A estrada é de terra por uns 200 kms e tem trechos
ruins mas nada impossível. No meio do caminho
encontramos outras duas Lands brasileiras, amigos de
São Paulo e por incrível coincidência
umas das pessoas conhecia o Prof. Bernardo da Cásper
Líbero... foi ótimo! Seguimos em frente
e chegamos até Oururo no fim do dia, a cidade
é um caos total, cheia de carros que buzinam
a todo instante. Com sorte conseguimos um bom Hostal
com desaiuno e garagem incluidos por 35bs. A kilometragem
de hoje de foi 300km e não 576 como dizia o mapa
boliviano.
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6.1.2006
sexta
Uyuni/BO
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Decidimos
fazer o passeio ao Salar de um dia, no qual pagamos
$20 dólares por pessoa. Saímos do Hotel
as 10 da manhã direto ao Salar, passamos por
uma pequena vila de um povoado aonde se pode visitar
um pequeno museu de sal e depois fomos a Isla Pescado,
no meio do salar. É um pequeno morrinho de pedras
repleto de cactus gigantes no meio do deserto branco.
É impressionante. Lá pudemos almoçar
comidas típicas da região como a carne
de lhama. Na volta paramos para apreciar o hotel de
sal, muito bonito e curioso. O passeio foi ótimo
e valeu muito, por volta das 4 da tarde já estávamos
de volta, mais tostados e salgadinhos... o sal penetra
no nariz, seca a pele, racha os lábios e a gente
não para de espirrar!
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5.1.2006
quinta
Uyuni/BO |
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Saindo
muito cedo do Hotel, Marcelo voltou 140km até
a fronteira e conseguiu recuperar sua carteira com documentos.
Percebemos que o nosso vidro traseiro havia rachado,
não chegou a quebrar, mas como a porta não
ficou bem alinhada o vidro trincou. Seguimos em frente
e em uma hora chegamos a Uyuni por uma estrada de terra
que não é muito bom mas foi tranquilho.
Em Uyuni trocamos dolares e pesos chilenos e logo fomos
gastar pois era o dia de feira livre, a rua principal
da cidade estava totalmente tomada por comerciantes
que vendiam de TUDO, desde roupas, produtos de higiene
e limpeza até aparelhos de som. Nós fizemos
a festa e compramos blusas de lã de lhama feitas
a mão por R$20,00 e gorros, meias e luvas de
lã por R$4,00 cada. Valeu a pena não comprar
nada no Chile, aonde os preços eram exorbitantes
e os produtos eram os mesmos. Nos hospedamos no Hosteling
Internacional por $25 dólares (com carteirinha)
ou $30 dolares (sem carteinha). Esse é o preço
dos hoteis por aqui. Nosso almoço, com frango
a milanesa, fritas, pizza, suco, cerveja e até
caipirinha saiu por R$9 por pessoa. Nossa janta foi
no Hosteling, fizemos nossa comida na cozinha comunitária.
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4.1.2006
quarta
S. Cristobal/BO |
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Durante
a manhã pudemos conhecer a cidadezinha de Chui
Chui aonde já fizemos amigos. A igreja tem detalhes
curiosos e vale uma visita. Também tem duas lojas
de artesanato bem interessantes. Precavidos, pois sabíamos
que daqui pra frente não haveriam mais postos
de abastecimento até depois da fronteira da Bolivia,
seguimos em frente. Saindo da Chui Chui a estrada está
um pouco ruim mas a paisagem de vulcões, o rio
Loa, e o salar compensam. Passamos pela fronteira do
Chile aonde o único carabinero do local, no meio
do nada, nos incubiu da missão de levar um envelope
ao próximo posto de polícia. Agradecidos
pelas informação e serviços nós
o presentemos com a camisa do Corinthians e como num
passe de mágica a alegria tomou conta do carabinero
solitário que abriu um sorriso maior que os Andes
e nos presenteou com seu pequeno distintivo, foi muito
gratificante e inesperado. Passada a fronteria da Bolívia
a temperatura caí e o frio aumenta. Cruzamos
um vale de pedras muito bonito com formações
rochosas muito interessantes. Paisagens com montanhas
de neve, lhamas e ovelhas por todo o caminho. A estrada
de terra aqui é ótima, melhor que as rua
de São Paulo. O único posto de combustível
está numa vila chamada San Cristoban, a 140km
da fronteira e a 400km de Calama. Paramos aí
para abastecer, já no fim da tarde. Dando continuidade
a nossa saga, o Marcelo descobriu que havia perdido
a carteira, provavelmente esquecida na fronteira da
Bolívia.... E agora? Decidimos nos hospedar no
melhor hotel da cidade, que apesar de tudo não
tem água. Amanhã o Marcelo volta a fronteira
para ver se acha a carteira com o documento do carro.
Putz...
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3.1.2006
terça
ChiuChiu/CH |
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Saimos
de San pedro para Calama, que fica a 1 hora de viagem
numa estrada asfaltada muito boa, Nos acompanharam dois
carabineiros muito simpáticos que além
de dar dicas sobre o processo também foram nossos
guias (turísticos e culturais). Fomos ao juizado
prestar depoimento e foi tudo bem. Depois conseguimos
um local aonde desentortar a porta e repor o vidro,
o serviço foi muito bem feito e a Land agora
está quase perfeita. O mais cansativo foi a burocracia
do cartório (notário) para deixar pronto
os documentos de procuração para que o
advogado nos represente. Também imprimimos fotos
digitais que tiramos no momento do acidente e serão
apresentadas no processo. Em todo momentos fomo atendidos
por pessoas muito simpáticas, prontas para nos
ajudar. A cidade é um centro comercial, tipo
uma zona franca, aonde se encontra de tudo para comprar,
tem até um shopping digino de SP. Apesar de tudo,
conseguimos uma dica valiosa de estrada para Uyni e
sem mais demora seguimos para ChiuChiu, a 30km de Calama,
um pueblo autêntico, Em apenas 20 minutos que
chegamos na cidade já temos histórias
para um livro cômico, passamos a noite mais engraçada
e divertida, logicamente reganda a uma grande garrafa
de vinho. Descanso merecido pois em um dia resolvemos
vários problemas burocráticos e mecânicos
e uma cidade desconhecida.
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2.1.2006
segunda
S.
Pedro/CH |
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Saimos
de San Pedro as 4 da manhã, tudo escuro e muito
frio. Achamos sem problemas a estrada para o Tatio e
seguimos direto até lá. É um percurso
de aproximadamente uma hora numa estrada de terra muito
ruim, com muita costelas de vaca e um grande movimento
de vans das empresa de turismo. O local dos geisers
é muito bonito e impressiona, mas não
há necessidade de chegar tão cedo pois
o visual fica mais bonito com a luz do dia, os geisers
não param de jorrar e o local fica muito mais
agradável e silencioso sem a centena de turistas
que chegam as no horário mais cedo. Na volta
do El tatio tivemos um acidente com o carro, nada grave
e ninguém se feriu. Um van da empresa Explora
tentou ultrapassar nosso carro pela direita no meio
da enorme nuvem de poeira que se forma e se chocou com
a nossa traseira. Putz... acabou a viagem? Que nada...
agora começou nossa saga. Nossos danos foram
mínimos, o susto foi maior. O vidro traseiro
se quebrou, a porta traseira ficou bem amassada e também
o parachoque do lado direito. Fomos direto para o posto
carabineiro de San Pedro e fizemos um boletin de ocorrência,
mais tarde conseguimos localizar um advogado que nos
orientou claramente sobre o que fazer. Teremos que seguir
para Calama para resolver tudo.
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1.1.2006
domingo
S.
Pedro/CH |
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Primeiro
dia em San Pedro de Atacama, pudemos conhecer bem a
cidade e descansar. Aproveitamos para trocar de hotel
e coseguimos achar um lugar precioso: Vilacoyo, um pequeno
residencial muito aconchegante com uma área de
descanso com redes e mesinhas em baixo de uma árvore,
o quarto com paredes de barro que deixam o ambiente
muito fresco e pela metade do preço que o hotel
da noite anterior. No fim da tarde fomos ao VALLE DE
LA LUNA ver o por do sol, um passeio muito bonito com
paisagens magnificas, rochedos, vales, paredões
e formações rochosas de mais de 1 milhão
de anos. Este é um passeio que as agências
cobram por oferer um guia, mas se pode ir tranquilhamente
de carro pois existem placas indicando o caminho. Para
entrar deve se pagar um ingresso e logo na entrada se
recebe todas as orientações e informações
sobre o local. No Valle encontramos um estacionamento
repleto de Lands e muitos brasileiros, inclusive o Luis
Fraga (The Specialst) e seu filho Felipe que nos deram
a dica do El Tatio, para ir sem guia e sair a 4 da manhã.
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31.12.2005
sábado
S. Pedro/CH |
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TRAVESSIA DOS ANDES: Saimos de Guemes com muita chuva,
passamos por Salta e começamos a subir em direção
ao Passo Jama. A paisagem é maravilhosa e impressionante,
a cada curva surgem diferentes vistas da cadeia de montanhas.
O frio também aumenta. Logo após Susques
está o último posto de abastecimento e
o último lugar para comer antes de San Pedro
de Atacama, junto com um albergue e um hotel. Finalmente
chegamos ao altiplano, ou comos chilenos chamam ao "pampa".
O topo das montanhas é uma região plana
com uma paisagem desértica. Lá se encontra
o Passo Jama, o posto da aduana e migração
e há um pequeno ambulatório com oxigênio.
Saímos da Argentina e entramos no Chile. Ainda
há um longo trecho antes da decida que por este
lado é suave. Chegamos a San Pedro a noite, a
cidade estava cheia por causa do ano novo e conseguimos
com muita sorte um lugar para ficar (mas muito ruim
e caro). Passamos o reveillon em um restaurante, sem
muita festa a não ser a nossa, mas as ruas de
San Pedro estavam cheias. Conseguimos com MUITA sorte
lugares para dormir no Hotel Don Raul, que nos cobrou
o equivalente a R$40,00 por pessoa num quarto quente
aonde o beliche impedia a abertura da janela... sem
comentários.
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30.12.2005
sexta
Güemes/AR
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Noite
de sono pesado no Hotel Asturias, nós e as baratas.
Desaiuno completo. Seguimos rumo a Pampa del Infierno
e logo na saída erramos o caminho, não
que a sinalização fosse ruim, é
que na verdade ela não existia, não havia
placa nenhuma! Conseguimos acertar o caminho graças
a um simpático frentista do posto que nos avisou
em tempo, o erro nos custou 60Km. Passando Pampa del
Infierno seguimos pela Ruta 16 que tem trecho MUITO
RUIM, totalmente esburacado, o melhor era ir pelo acostamento
de terra. Seguimos em direção a Salta,
paramos para abastecer num posto e distribuimos camisetas
do Timão para as crianças que fizeram
uma festa para nós. Aqui a passagem já
muda e logo após as primeiras curvas já
se pode avistar as primeiras montanhas, começamos
a nos aproximar da Cordilheira dos Andes. Paramos em
General Guemes para dormir.
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29.12.2005
quinta
S. Peña/AR
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Chegamos
a Roque Sans Peña que mais se parece com Pampa
del Infierno aonde não conseguimos chegar. Hoje
o dia rendeu bastante e já recuperamos o tempo
perdido, fizemos quase 700km, passamos sem problemas
por Posadas, Corrientes e Resistencia. A cidade aqui
é uma bagunça, muito movimentada e suja,
o nosso hotel deve ter a idade da Terra e foi o mais
barato que conseguimos por aqui... faz parte da viagem.
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28.12.2005
quarta
Eldorado/AR
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Hoje
foi um dia cansativo pois a estrada tinha um movimento
muito grande de caminhões e muitos pedágios,
o que nos atrasou bastante. Paramos em Foz do Iguaçu
para resolver as últimas pendências e fomos
embora. Pegamos uma fila enorme para entrar na Argentina,
uma hora em baixo de sol "muy caliente". Passamos
tranquilamente pela aduana e seguimos até Eldorado.
Hotel Atlantida (R$25,00/pessoa). Ganhamos uma hora
sem o horário de verão... ar-condicionado,
queijo e vinho...
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27.12.2005
terça
Maringa/BR
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FINALMENTE
- DIA DA SAÍDA. Saímos com muitas horas
de atraso, culpa do nosso "companheiro" Marcelo,
por isso só conseguimos chegar até Maringá
e dormimos no Hotel Jóia (R$15,00/pessoa). A
janta foi especial, um comercial completo pra 6 pessoas
por R$10,00. Muito calor. 660 kms rodados.
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26.12.2005
segunda
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Land
Branca - últimos reparos.
Compras. |
25.12.2005
domingo
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Dia
de dormir até mais tarde... e comer os restos do
jantar de ontem... |
24.12.2005
sábado
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É
Natal, dá um tempo né? |
23.12.2005
sexta
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Land
Branca volta da revisão no The Especialist, troca
dos bancos, ficam prontas as habilitações
internacionais (Mi e Marcão), Boss vai solicitar
a dele. Reunião com o Dr. Ricardo Loureiro (espero
que ele já esteja formado). |
22.12.2005
quinta
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Boss
consegue renovar a sua CNH, passou em todas as provas!
Ufa! |
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